O conceito de edifícios de energia positiva vem se tornando referência em inovação e sustentabilidade no setor da construção civil. Paulo Twiaschor ressalta que se trata de edificações capazes de produzir mais energia do que consomem, por meio da integração de tecnologias renováveis e sistemas inteligentes de gestão. Essa transformação aponta para um futuro urbano em que os prédios deixam de ser apenas consumidores e passam a atuar como geradores de recursos limpos.
Como funcionam os edifícios de energia positiva?
A base desse modelo está na geração descentralizada de energia. Painéis fotovoltaicos em fachadas e telhados, turbinas eólicas de pequeno porte e sistemas de aquecimento solar são combinados para criar um fluxo constante de eletricidade. O excedente é armazenado em baterias de alta capacidade ou direcionado para a rede pública, ampliando o impacto positivo no entorno.
Além da produção energética, os edifícios de energia positiva são projetados para minimizar o consumo. Isolamento térmico, iluminação natural e sistemas de ventilação cruzada reduzem a necessidade de climatização artificial. Essa integração entre eficiência e geração garante o equilíbrio sustentável da edificação.

Outro diferencial é o uso de softwares de monitoramento, que ajustam o funcionamento dos sistemas em tempo real, otimizando cada recurso e garantindo alto desempenho energético.
Vantagens econômicas e ambientais da energia positiva
Para Paulo Twiaschor, a adoção desse modelo oferece benefícios expressivos. Do ponto de vista econômico, a redução de custos operacionais e a possibilidade de comercializar o excedente energético aumentam a rentabilidade dos empreendimentos. Isso significa que investidores e gestores passam a contar com ativos mais competitivos no mercado imobiliário.
No campo ambiental, os edifícios de energia positiva reduzem significativamente as emissões de carbono, contribuindo para metas globais de descarbonização. Essa prática fortalece o compromisso com a sustentabilidade e inspira políticas públicas voltadas à eficiência energética. Ademais, a independência em relação às redes tradicionais torna as construções mais resilientes a falhas de abastecimento e oscilações de preço da energia.
O impacto dos edifícios de energia positiva nas cidades
A expansão desses edifícios transforma não apenas o setor da construção, mas também a configuração urbana. Quando conectados, eles podem formar comunidades energéticas, compartilhando excedentes e promovendo maior equilíbrio nas redes elétricas. Essa dinâmica descentralizada reduz a sobrecarga em infraestruturas públicas e amplia a segurança energética das cidades.
Paulo Twiaschor elucida que essas construções também fortalecem a imagem de regiões que buscam se destacar como polos de inovação sustentável. Ao atrair investidores e moradores comprometidos com práticas ambientais, os edifícios de energia positiva impulsionam o desenvolvimento econômico aliado à consciência ecológica.
Outro ponto relevante é a possibilidade de integração com mobilidade elétrica. Garagens equipadas com pontos de recarga para veículos elétricos representam uma extensão natural desse conceito, conectando a produção de energia renovável ao transporte urbano.
O futuro da engenharia sustentável: geração além do consumo
Conforme Paulo Twiaschor, a tendência é que os edifícios de energia positiva se consolidem como padrão a médio prazo, impulsionados pelo avanço das tecnologias renováveis e pela queda nos custos de produção e armazenamento. A engenharia desempenha papel estratégico ao projetar construções que não apenas reduzem impactos, mas também devolvem benefícios concretos à sociedade.
No futuro, a combinação de gêmeos digitais, inteligência artificial e IoT permitirá que os edifícios ajustem sua geração e consumo de forma autônoma, maximizando eficiência e sustentabilidade. Esse novo paradigma transformará as cidades em ecossistemas energéticos inteligentes, nos quais cada construção contribui ativamente para o equilíbrio coletivo.
Edificações que inspiram um futuro mais verde
Assim, Paulo Twiaschor comenta que os edifícios de energia positiva representam um marco na evolução da engenharia civil. Ao gerar mais do que consomem, essas construções elevam o patamar de sustentabilidade, oferecem retorno econômico e inspiram novas práticas urbanas. São exemplos de como a tecnologia e a consciência ambiental podem caminhar juntas para criar cidades mais resilientes, inteligentes e sustentáveis.
Autor: Petrosk Roc