A startup Pantabio, criada a partir de pesquisas da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, tem causado grande impacto na agricultura regional ao desenvolver bioinsumos à base do fungo Trichoderma que aumentam a eficiência das lavouras e promovem a saúde do solo. Com DNA pantaneiro e forte vínculo com a pesquisa universitária, a startup Pantabio traz soluções inovadoras que prometem transformar o manejo agrícola e reduzir o uso de insumos químicos na produção.
A startup Pantabio nasceu do trabalho conjunto entre o engenheiro agrônomo Tiago Calves Nunes e a professora Mercia Celoto, da UEMS, contando ainda com a participação ativa de alunos do curso de Agronomia como colaboradores e bolsistas. Incubada pela Fênix, incubadora da universidade, a startup Pantabio investe em pesquisa aplicada para oferecer tecnologias que aliem sustentabilidade e produtividade para o agronegócio sul-mato-grossense.
Os resultados obtidos pela startup Pantabio em ensaios de campo são promissores e abrangem diversas culturas agrícolas. No cultivo do feijão, por exemplo, a aplicação dos bioinsumos proporcionou um aumento de até 20 sacas por hectare, com plantas mais vigorosas e resistência reforçada contra o fungo Macrophomina phaseolina, uma das principais ameaças para os produtores locais. Já em culturas como milheto, olerícolas e eucalipto, a startup Pantabio comprovou melhora significativa na estrutura radicular e na sanidade das plantas, minimizando perdas.
Além das culturas convencionais, a startup Pantabio atua no desenvolvimento de soluções para a produção de uva na primeira vinícola do Mato Grosso do Sul, o Terroir Pantanal, garantindo maior absorção de nutrientes e resistência a doenças. Na cultura da banana, ainda em fase de validação, a startup Pantabio foca na melhoria da qualidade das plantas e dos frutos, refletindo seu compromisso com inovação e sustentabilidade em diversos setores agrícolas.
Um dos projetos de destaque da startup Pantabio é o programa “Pasto Forte”, que tem como objetivo otimizar a produção forrageira por meio do uso de isolados nativos de Trichoderma e bactérias benéficas, selecionados especificamente para as condições do Pantanal. Esse programa visa acelerar a recuperação das pastagens, melhorar a digestibilidade da silagem e reduzir os custos com adubação química, gerando economia para os produtores rurais.
Na cultura do eucalipto, os bioinsumos desenvolvidos pela startup Pantabio mostraram eficácia comprovada, com aumento médio de 17% na altura das mudas e redução de 22% na mortalidade em campo, indicando maior vigor e resistência. A formulação apresenta estabilidade para armazenamento em temperatura ambiente, possibilitando sua aplicação em larga escala e confirmando o potencial da startup Pantabio em atender às demandas do setor florestal de forma sustentável e eficiente.
Outro grande destaque da startup Pantabio em 2025 é o ensaio inovador realizado em soja nas regiões de Aquidauana, Nioaque e Maracaju. Os primeiros resultados demonstram que o bioinsumo baseado em Trichoderma nativo do Pantanal favorece o desenvolvimento radicular, melhora a absorção de água e nutrientes, ativa defesas naturais das plantas e potencializa o efeito dos fertilizantes, reduzindo a necessidade do uso de defensivos químicos. Essas características tornam a soja mais produtiva e resistente a estresses climáticos.
Complementando suas soluções, a startup Pantabio conta também com um laboratório especializado na identificação de doenças de plantas e nematoides, coordenado por alunos da UEMS. Essa spin off da startup Pantabio oferece atendimento rápido e acessível para auxiliar os produtores na detecção precoce de problemas que possam comprometer a produtividade, consolidando a empresa como parceira estratégica do agronegócio sul-mato-grossense. A startup Pantabio, assim, reafirma seu papel inovador e sustentável no desenvolvimento da agricultura regional.
Autor: Petrosk Roc